Efeitos da Radiação

As células quando expostas à radiação sofrem ação de fenômenos físicos, químicos e biológicos. A radiação causa ionização dos átomos, que afeta moléculas, que poderão afetar células, que podem afetar tecidos, que poderão afetar órgãos, que podem afetar a todo o corpo.

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Passam dos 14 mil os mortos no Japão após desastres naturais

O número de mortos pelo terremoto e o posterior tsunami de 11 de março na costa nordeste do Japão superou os 14 mil, segundo os dados divulgados nesta quarta-feira (2) pela polícia japonesa.

O último boletim informa que 14.013 pessoas morreram e outras 13.804 estão desaparecidas após os desastres naturais que atingiram o país.

A Agência Nacional de Polícia japonesa confirmou que mais de 90% das vítimas nas três províncias mais afetadas - Miyagi, Iwate e Fukushima - morreram afogadas pela onda gigante, que invadiu 40 km terra adentro.

A maior percentagem de vítimas fatais pelo tsunami foi registrada na província de Miyagi, a mais afetada pela catástrofe, que gerou a maior crise no Japão desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

De acordo com os últimos dados, morreram em Miyagi 8.505 pessoas, enquanto 7.934 outras seguem desaparecidas. Em Iwate o número de mortos chegou a 4.033, e o o número de desaparecidos está em 3.822 desaparecidos, enquanto em Fukushima o balanço é de 1.412 mortos e 2.044 desaparecidos.

Japão eleva ao máximo nível do desastre nuclear em Fukushima

A Agência de Segurança Nuclear do Japão elevou, nesta terça-feira (12), o nível do desastre nuclear na central atômica de Fukushima Daiichi de 5 ao máximo 7, e confirmou que a usina lançou uma quantidade enorme de substâncias radioativas na atmosfera durante um período após os desastres naturais que atingiram o país em 11 de março, deixando mais de 13 mil mortos.

Com a nova avaliação dos japoneses, o acidente em Fukushima se igualaria ao de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.

De acordo com a agência, o índice reflete a gravidade inicial do acidente e não o momento atual. Segundo o governo japonês, caíram drasticamente os níveis de radiação no complexo. O Japão admite ainda que se esforça para recuperar o controle total do complexo.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou, em Viena, Áustria, o alerta da Agência de Segurança Nuclear do Japão sobre a gravidade do acidente em Fukushima.

Por meio de comunicado, informou que o nível do desastre atingiu qualificação máxima: 7, na Escala Internacional Nuclear (INES).

Anteriormente, a agência de notícias local Kyodo informou que a Comissão de Segurança Nuclear do governo estimou que a quantidade de material radioativo que vazou dos reatores de Fukushima chegou ao máximo de 10.000 terabequerels por hora em um determinado ponto por diversas horas, o que classificaria o incidente como um grande acidente, de acordo com a escala internacional de intensidade Ines.

Policiais inspecionam homem em Minamisoma, a cerca de 20km da usina de Fukushima (Foto: AP)Policiais inspecionam homem em Minamisoma, a cerca de 20km da usina de Fukushima (Foto: AP)

O Japão já tinha classificado o acidente nos reatores operados pela Tokyo Electric Power Co (Tepco), cujos engenheiros ainda tentam estabilizar a usina, como nível 5, o mesmo estabelecido no acidente de 1979 em Three Mile Island, nos Estados Unidos.

Em 11 de março, um terremoto de magnitude 9 seguido por um tsunami danificou os reatores do complexo nuclear Fukushima Daiichi, que desde então tem sofrido com vazamentos radioativos.

China
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, disse ao premiê japonês, Naoto Kan, que estava 'preocupado' com a emissão de radiação ao oceano e pediu ao governo japonês que considere 'muito seriamente' o impacto do vazamento nuclear no ambiente marinho e nos países vizinhos.

Os comentários de Wen, publicados no site oficial do governo, ressaltam as preocupações da China com a crise nuclear no Japão, especialmente depois de o país ter despejado água radioativa no mar.

'O governo e o povo chinês expressam sua preocupação com isso, e pedem ao governo japonês para que dê alta importância ao impacto dessa questão no ambiente marítimo e principalmente nos países vizinhos, cumpra rigorosamente com a lei internacional referente ao assunto e tome medidas efetivas de controle e prevenção, além de informar imediatamente, de forma compreensiva e precisa, sobre a situação à China', disse Wen em comunicado.

Wen disse que o primeiro-ministro japonês havia 'lamentado' o acidente nuclear e garantiu ao premiê chinês que o Japão iria divulgar informações rápidas e precisas sobre o acidente.

Níveis de radiação - Fukushima 7 (Foto: Arte/G1)
Efeitos da radiação nuclear sobre a saúde humana (Foto: Arte/G1)
VALE ESTE MAGNITUDE REVISADO - Entenda o terremoto no Japão (Foto: Arte/G1)
(*) Com informações das agências de notícias Efe e Reuters

Via.

Usina nuclear de Onagawa vaza água após novo terremoto no Japão

mapa terremoto japao 7/4 atualizado (Foto: Arte G1)

A central nuclear de Onagawa, na província de Miyagi, nordeste do Japão, está vazando água nesta sexta-feira (8), provavelmente afetada pelo novo forte terremoto de magnitude 7,1 que atingiu a região nesta quinta (7), informam as agências de notícias.

Segundo a TV estatal NHK, especialistas não registraram aumento no nível de radioatividade na área.

Outras duas centrais atômicas no país recorreram a geradores de emergência após um blecaute ocorrer após o novo tremor.

A usina de Higashidori, em Aomori, afetada pela falta de energia, funciona com geradores alimentados por diesel enquanto técnicos realizam uma revisão pelo complexo. Ainda na mesma região, a central de processamento de resíduos nucleares de Rokkasho, também sem eletricidade, opera com geradores de emergência.

Foto aérea mostra vazamento na usina nuclear de Onagawa, após novo terremoto atingir o país. (Foto: Yomiuri Shimbun / Koichi Nakamura / AP Photo)Foto aérea mostra vazamento na usina nuclear de Onagawa, após novo terremoto atingir o país. (Foto: Yomiuri Shimbun / Koichi Nakamura / AP Photo)

O complexo de Onagawa, localizada perto do epicentro do tremor, perdeu duas de suas três linhas de recebimento de energia. Apenas uma linha refrigerou seus tanques, informou a Agência de Segurança Nuclear do Japão.

A usina Fukushima Daiichi, gravemente afetada desde 11 de março, quando um forte terremoto e um devastador tsunami atingiram o país, não registrou anormalidades após o tremor desta quinta.

Dois mortos
O terremoto desta quinta deixou, segundo as autoridades, quatro mortos e centenas de feridos. Uma mulher de 63 anos, que precisava de assistência respiratória, morreu em Yamagata, e um homem de 79 anos morreu em Miyagi.

As autoridades japonesas chegaram a emitir um alerta de tsunami, cancelado posteriormente.

(*) Com informações das agências de notícias EFE, France Presse e Reuters

Via

Poluição induz mutação



Estudo na Science destaca a primeira demonstração de um mecanismo de mutação e adaptação a poluentes em vertebrados. Peixes mutantes proliferaram no rio Hudson

Agência FAPESP – Durante três décadas, de 1947 a 1976, duas fábricas de uma multinacional jogaram um total estimado de 600 mil quilos de bifenilas policloradas (PCB), compostos organoclorados sintéticos considerados entre os poluentes com maior biotoxicidade, no rio Hudson, em Nova York.

O resultado foi o acúmulo do composto cancerígeno em um peixe local, o Microgadus tomcod, da família do bacalhau, em níveis nunca vistos em populações naturais. O surpreendente é que o peixe não sumiu da área afetada, mas proliferou a ponto de hoje ser encontrado em grandes populações.

O motivo é que o excesso de PCB induziu a um tipo de mutação que levou o peixe a evoluir para poder resistir à grande quantidade de toxinas presente na água, segundo estudo publicado nesta sexta-feira (18/2) no site da revista Science.

Esse tipo de resposta é conhecido em insetos, que desenvolvem resistência a certos pesticidas, e em bactérias, que passam a resistir a antibióticos. “Mas essa é a primeira demonstração de um mecanismo de resistência em uma população de vertebrados”, disse Isaac Wirgin, do Departamento de Medicina Ambiental da Escola de Medicina da Universidade de Nova York, que liderou o estudo.

Como Wirgin e colegas sabiam que o receptor de arilhidrocarbono (AHR2) regula os efeitos tóxicos do PCB em peixes, eles analisaram exemplares do M. tomcod para observar de que forma o receptor havia sido afetado.

O grupo verificou que esses peixes do rio Hudson e de áreas próximas tinham quatro mutações distintas no gene AHR2 que não eram comuns em outras populações da mesma espécie em áreas não contaminadas.

Segundo os pesquisadores, essas mutações parecem prejudicar a capacidade da AHR2 de se ligar a certas substâncias tóxicas presentes na água.

Os cientistas sugerem que os peixes no rio Hudson passaram por uma rápida evolução, alterando a AHR2 em um período curto de tempo, de modo a desenvolver resistência aos PCBs que infestaram seu habitat.

Embora o peixe tenha superado a poluição no rio, o resultado não foi tão bom para seus predadores ou o homem. “O M. tomcod sobreviveu, mas ele ainda acumula PCB em seu corpo e passa a substância para qualquer outro que o coma”, disse Mark Hahm, da Instituição Oceanográfica Woods Hole, outro autor do estudo. Ou seja, apesar de o peixe ter resistido e proliferado, a pesca está fora de questão.
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Japão vai jogar cerca de 11,5 mil toneladas de água radioativa no mar

A Tokyo Electric Power (Tepco), empresa que administra a usina nuclear de Fukushima, afirmou nesta segunda-feira (4) que vai despejar no Oceano Pacífico cerca de 11,5 mil toneladas de água radioativa acumuladas nas instalações da central.
De acordo com a empresa, os índices de radiação na água que será jogada ao mar são aproximadamente 100 vezes acima do normal. A Tepco afirma que o nível de radiação é considerado 'relativamente baixo'.
Um funcionário do governo japonês disse que não há alternativa. "Não temos opção senão despejar essa água contaminada ao mar como medida de segurança", disse o porta-voz do governo, Yukio Edano.
água Japão (Foto: AP)
 
 
Corante

 
Também nesta segunda-feira (4) a Tepco informou que usou líquido com corante em um túnel próximo ao reator 2 da central para tentar determinar a rota pela qual a água radioativa vaza para o mar.
Segundo informações da televisão "NHK", os funcionários verteram o líquido de cor branca em um túnel que conduz à fossa onde no sábado (2) foi detectada uma rachadura de cerca de 20 centímetros, que permite que água com uma elevada radioatividade vaze para o mar.
A empresa tentou deter o vazamento selando a rachadura com concreto e injetando polímero em pó para absorver a água, mas nenhuma nenhuma dessas duas medidas obteve sucesso. O objetivo do corante é poder seguir a rota exata pela qual a água contaminada chega ao mar.
A Tepco estuda ainda tapar a rachadura com produtos químicos ou instalar uma barreira no litoral para conter a água radioativa. De forma paralela, os técnicos continuam os esforços para drenar a água radioativa que inunda os porões dos prédios de turbinas das unidades 1, 2 e 3, e dificulta seriamente os trabalhos para esfriar os reatores da central de Fukushima.
Número de mortos
O Japão foi atingido no dia 11 de março por um terremoto de magnitude 9, seguido por tsunami, na região nordeste do país. Segundo último balanço divulgado pela polícia nesta segunda-feira (4), o número de mortos aumentou para 12.157. Os desaparecidos totalizam 15.496 pessoas.
Além disso, quase 160 mil pessoas que moravam nas províncias de Miyagi, Iwate e Fukushima, as mais devastadas pela catástrofe, continuam abrigadas nos 2.100 refúgios temporários.


China, EUA e Coreia do Sul detectam radiação vinda do Japão

             Autoridades de China, EUA e Coreia do Sul afirmaram nesta terça-feira terem detectado radiação vinda do Japão. A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos disse ter detectado indícios de radiação na água da chuva de diferentes Estados americanos, como Alabama, Califórnia, Havaí, Idado, Nevada, Washington, e em territórios do país como Ilhas Mariana do Norte e Guam.

 

                A agência divulgou comunicado no qual afirma que ''a quantidade de isótopos radiativos é condizente com o incidente nuclear japonês'', em referência às explosões que ocorreram na usina de Fukushima Daiichi, pouco após o tsunami e o terremoto que abalaram o Japão em 11 de março.
A agência acrescentou, entretanto, que eles não constituem um perigo para a saúde. Já o Ministério da Proteção Ambiental da China disse que doses ''extremamente baixas'' do iodo-131, um material radioativo, têm sido encontrados nas zonas costeiras do país, como Guangdong, Jiangsu, Xangai, Zhejiang, Anhui e Guangxi.
                O ministério já havia detectado vestígios de material radioativo no ar da Província de Heilongjiang, no nordeste do país. Mas as doses encontradas, de acordo com o ministério, foram tão pequenas que não representam ameaça para a saúde pública. O ministério chinês afirmou também que não seria necessária a adoção de qualquer medida especial.

Veto
              A China vem realizando testes na água e em alimentos para monitorar níveis de radiação. Permanece em vigor a proibição da importação de certos produtos importados japoneses. No Vietnã, o jornal Thanh Nien relatou que cientistas vietnamitas também encontraram pequenas quantidades de radiação no ar do país.